Brasil dá passo histórico na inclusão com entrega de iPads a crianças autistas não verbais
Projeto pioneiro é fruto de parceria internacional e visa promover comunicação e autonomia por meio de tecnologia assistiva
Nos dias 27 de julho e 03 de agosto, a Igreja Profetizando às Nações (IPAN), em parceria com a Associação de Cuidados Humanitários, protagonizou um dos momentos mais emocionantes e inovadores do ano no cenário da inclusão social no Brasil: a entrega oficial de 88 iPads para crianças autistas não verbais.
A ação marca o início de um projeto pioneiro no país, inspirado por uma iniciativa internacional idealizada pelo empresário britânico Dan Harris, fundador da Neurodiversity Business no Reino Unido, em colaboração com o Neurodiversity Institute. O programa visa oferecer tecnologia assistiva a crianças a partir dos 3 anos, permitindo que expressem sentimentos, vontades e necessidades de forma mais clara e independente.
“Não se trata apenas de entregar um aparelho, mas de abrir portas para que essas crianças sejam ouvidas, compreendidas e plenamente incluídas na sociedade”, destacou Harris, que acompanha de perto a expansão do projeto para outros países em desenvolvimento.
A cerimônia de entrega, realizada com intensa comoção, reuniu famílias, voluntários e líderes religiosos, e contou com a presença especial da cantora e pastora Fernanda Brum, além dos pastores Emerson e Rebeca, que têm se posicionado como grandes apoiadores da causa da neurodiversidade no Brasil.
Além de representar um avanço significativo no acesso à comunicação alternativa, o projeto reforça a importância do olhar acolhedor e inovador das instituições religiosas e sociais no processo de transformação da vida de famílias que enfrentam desafios com o autismo.
“A entrega desses iPads não é o fim, mas o início de uma jornada de descobertas, conexão e dignidade para dezenas de crianças e seus entes queridos”, afirmou a pastora Rebeca durante o evento.
Com essa iniciativa, o Brasil se insere no mapa de projetos internacionais que priorizam o uso da tecnologia como ponte para a inclusão, fortalecendo o compromisso com uma sociedade mais empática, acessível e justa.