Conceição Queiroz: Genios da Atualidade que dá voz à verdade e à transformação

No dia 27 de agosto, no elegante cenário do Hotel Mirage, em Cascais, não foram apenas os sons da música que emocionaram. A jornalista, escritora e realizadora Conceição Queiroz foi também distinguida com o título simbólico de “Gênia da Atualidade”, um reconhecimento que celebra a sua coragem, a sua trajetória de excelência e a forma como tem inspirado gerações em Portugal, no Brasil e no mundo lusófono.

Nascida em Moçambique em 1975, Conceição enfrentou desde cedo barreiras e preconceitos, mas transformou cada desafio em combustível para a mudança. Com mais de duas décadas de carreira, é hoje uma das vozes mais respeitadas do jornalismo português, reconhecida pelas suas reportagens de impacto em Portugal, África e Europa.

Formada em Sociologia e com mestrado em História Moderna e Contemporânea, é doutoranda em Literatura Portuguesa e leva consigo um percurso que cruza jornalismo, literatura, teatro e cinema.

Ao longo da sua carreira, já recebeu mais de dez prémios de prestígio, entre eles:

•Prémio UNESCO

•AMI – Jornalismo Contra a Indiferença

•Liga Portuguesa Contra o Cancro

•Prémio Maria Barroso — Jornalismo ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento

Em 2021, foi ainda a única jornalista portuguesa selecionada para o programa internacional Edward R. Murrow Program for Journalists, nos Estados Unidos, e entrou para a lista Power List 100, que destaca as 100 personalidades negras mais influentes da lusofonia.

Agora, o título de “Gênia da Atualidade” soma-se a este legado, reafirmando-a como inspiração de força, verdade e resistência.

Conceição Queiroz é também autora de livros marcantes, como:

•Serviço de Urgência (2007)

•Os Meninos da Jamba (2008)

•A Última História de Amor (2014)

•A Vida Privada das Elites do Estado Novo (2016)

•Racismo – Meio Século de Força (2023), obra que reúne testemunhos sobre o racismo estrutural em Portugal e abre espaço para um debate urgente.

No teatro e no cinema, assinou projetos como a peça Tu e Eu (2013) e curtas-metragens premiadas em festivais internacionais.

O Brasil, onde sua obra também encontra leitores e admiradores, acompanha com carinho a sua trajetória. Muitos acreditam que a sua mensagem pode ser ainda mais ampliada através de futuras parcerias culturais e literárias com autores e artistas brasileiros, fortalecendo o diálogo entre os dois países.

Ser nomeada como “Gênia da Atualidade” é mais que um prémio: é o reflexo de uma vida dedicada a informar, denunciar e transformar. Conceição Queiroz não apenas narra histórias — ela dá voz a quem muitas vezes é silenciado.

No Mirage, em Cascais, entre aplausos e homenagens, ficou claro que sua mensagem transcende fronteiras: a luta pela verdade, contra o racismo e por uma sociedade mais justa é, de fato, eterna.