Cirurgia Reparadora: o passo seguinte para pacientes pós-bariátrica

Com a especialista em cirurgia plástica estética e reparadora, Dra. Soraya Teixeira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Após vencer a batalha contra a balança por meio da cirurgia bariátrica, muitos pacientes se deparam com um novo desafio: o excesso de pele. Emagrecer dezenas de quilos traz benefícios importantes para a saúde e autoestima, mas a transformação corporal pode exigir mais um passo para ser completa — e é aí que entra a cirurgia plástica reparadora.

“A cirurgia reparadora no pós-bariátrico é um processo de reconstrução física e emocional. Ela não é apenas estética — trata-se de qualidade de vida”, explica a Dra. Soraya Teixeira, especialista em cirurgia plástica estética e reparadora e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Segundo a médica, o excesso de pele pode provocar desde assaduras e infecções até dificuldades para se vestir e praticar exercícios, o que impacta diretamente a rotina do paciente. Os procedimentos mais comuns nesse contexto incluem abdominoplastia, lifting de coxas, braços, mamas e glúteos. “Cada caso é único e o plano cirúrgico é individualizado. É importante respeitar os limites do corpo, muitas vezes dividindo os procedimentos em etapas”, destaca.

A Dra. Soraya alerta ainda que a cirurgia reparadora só deve ser realizada após a estabilização do peso — geralmente 12 a 18 meses após a bariátrica — e com a liberação da equipe multidisciplinar. A avaliação psicológica também é fundamental, já que o paciente passará por mais uma transformação intensa.

Outro ponto importante é que alguns desses procedimentos podem ser cobertos pelo plano de saúde, desde que caracterizados como reparadores. “É um direito do paciente, mas que nem sempre é respeitado. O conhecimento e o acompanhamento médico especializado fazem toda a diferença nesse processo”, afirma a cirurgiã.

Para quem enfrentou a obesidade e conquistou uma nova chance de viver com mais saúde, a cirurgia plástica reparadora pode ser o encerramento simbólico e real de um ciclo — e o começo de uma vida com mais liberdade, conforto e autoestima.