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Das raízes à identidade: como Jean transforma tranças afro em potência cultural e autoestima

PorTiago Gregorio 24 de dezembro de 2025

Muito além da estética, o trabalho com tranças afro carrega histórias, memórias e identidade. É nesse território simbólico que Jean constrói sua trajetória profissional, unindo técnica, sensibilidade e propósito para transformar cabelos em expressão cultural e autoestima.

O primeiro contato com as tranças aconteceu ainda na adolescência, aos 13 anos, de forma espontânea, cuidando do cabelo de primas e sobrinhas. O que começou como um gesto simples rapidamente revelou talento. Com o tempo, a habilidade foi sendo lapidada, e o reconhecimento veio tanto de quem estava por perto quanto do próprio Jean, que passou a enxergar ali não apenas um dom, mas um caminho profissional possível.

Os desafios surgiram cedo. A pouca idade gerava desconfiança em muitos clientes, que hesitavam em entregar seus cabelos a um profissional tão jovem. Ainda assim, algumas pessoas apostaram no talento que viam nascer. Foram essas primeiras confianças que sustentaram o início da jornada e seguem presentes até hoje, como parte viva da história construída.

Especializado em técnicas de tranças com fio e extensões, Jean encontrou seu principal público em mulheres em transição capilar e pessoas que, por muito tempo, não conseguiam reconhecer a beleza dos próprios cabelos. Nesse contexto, as tranças deixaram de ser apenas um recurso estético e passaram a atuar como instrumento de fortalecimento da autoestima, da identidade e do pertencimento.

O diferencial do seu trabalho está na dedicação individual a cada cliente e no compromisso de tornar o cuidado com o cabelo afro acessível. Mesmo enfrentando limitações financeiras no início, Jean nunca abriu mão da qualidade nem da responsabilidade com quem sentava em sua cadeira. Manter valores compatíveis com a realidade da sua região sempre foi uma escolha consciente, alinhada ao desejo de democratizar a valorização da identidade afro.

O impacto emocional das tranças é visível. Pessoas que chegam inseguras saem mais confiantes, reconhecendo no espelho não apenas uma nova imagem, mas uma reconexão com a ancestralidade e com a própria história. O cabelo afro, carregado de resistência e cultura, torna-se símbolo de força quando celebrado em sua forma natural.

Para o futuro, Jean sonha alto, mas com os pés firmes na essência que o trouxe até aqui. Quer expandir seu trabalho, aprofundar estudos, dominar novas técnicas e, principalmente, abrir caminhos para outros talentos que, como ele no início, têm habilidade, mas poucos recursos. Compartilhar conhecimento, formar novos profissionais e ampliar a representatividade dentro do mercado das tranças afro fazem parte de um projeto que ultrapassa o individual.

Transformar o cabelo afro em potência, arte e história não é apenas um objetivo profissional, é a missão que guia cada passo dessa trajetória em ascensão.

Tiago Gregorio

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